terça-feira, 25 de março de 2014

Pesquisas traz novidades e esperança aos portadores de Leucemia.


Nova técnica desenvolvida no Hospital Infantil da Filadélfia e na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos traz esperança aos portadores de leucemia. Quase 90% dos pacientes, adultos e crianças, que foram submetidas ao tratamento experimental não apresentaram mais os sintomas do câncer.

A terapia celular personalizada foi testada em pacientes que não responderam ao tratamento convencional e nem ao transplante de medula óssea, e consiste na reprogramação do sistema imunológico dos pacientes com leucemia linfoblástica aguda (LLA).


Nos testes, as células T (que atacam a leucemia) foram configuradas com técnicas de bioengenharia, e 24 dos 27 pacientes (89%) apresentaram respostas completas no prazo de 28 dias após o tratamento.

Para os pesquisadores, os resultados servem como um marco importante para demonstrar o potencial da técnica em pacientes sem outras opções terapêuticas, incluindo aqueles que apresentam recaída após o transplante de medula.

Todos os pacientes envolvidos no estudo apresentavam LLA de alto risco, que havia retornado após o tratamento inicial ou que resistiu ao tratamento desde o início. Eles receberam células T chamadas células CTL019, que foram adaptadas por bioengenharia para se tornar o que os cientistas chamam de "células caçadoras".


Durante o acompanhamento, foram relatadas seis recaídas entre os 24 pacientes que tiveram respostas completas no início do tratamento com as células CTL019. No final, 18 dos 24 pacientes tiveram respostas completas em um seguimento médio de 2,6 meses após o tratamento.

Os pesquisadores continuam acompanhando os pacientes para avaliar a eficácia da técnica a longo prazo.

Técnicas desenvolvidas na pesquisa do genoma têm melhorado a capacidade de predizer as taxas de sucesso no tratamento de uma forma específica de leucemia, a leucemia mielóide aguda, e facilitado no desenvolvimento de novas terapias, segundo especialistas que participaram, neste mês, do Congresso da Associação Européia de Hematologia.


A leucemia mielóide aguda é o tipo mais comum de leucemia, atingindo cerca de 3,8 pessoas a cada 100 mil. 

A incidência da doença aumenta muito com a idade, passando para quase 18 casos por 100 mil em pessoas com mais de 65 anos. 

E a média de idade no diagnóstico é de 70 anos, para essa doença, que, se não for tratada, pode levar rapidamente à morte como resultado de infecções graves ou hemorragia.

Os especialistas reconhecem as anormalidades cromossômicas identificadas nas células com leucemia como o mais importante fator para predizer a resposta do paciente à quimioterapia e as taxas de cura. 

Para o especialista Hartmut Döhner, da Universidade de Ulm, na Alemanha "nos anos recentes, a identificação de alterações genéticas moleculares tem avançado bastante nossa (dos especialistas) compreensão de como a leucemia se desenvolve".

Com isso, as técnicas genômicas estão em evidência no diagnóstico e tratamento da leucemia mielóide aguda. 

"Ao tirar vantagem de novas técnicas genômicas, um grande número de mutações genéticas ou marcadores moleculares têm sido descobertos, o que agora nos permite desvendar a enorme heterogeneidade biológica e clínica da doença", disse o especialista, em release publicado no site da Associação Européia de Hematologia.

E, segundo Döhner, esses avanços têm um grande valor, principalmente para 40% dos casos de leucemia mielóide aguda que não apresentam anormalidades cromossômicas vivíveis nos microscópio. 

"Alguns marcadores têm valor preditivo, de forma que nos permite selecionar diferentes tipos de terapias".

"Finalmente, uma melhor compreensão das bases moleculares, agora, prepara o caminho para o desenvolvimento de novas terapias genéticas específicas e direcionadas a estes defeitos", completou Döhner.

Fonte: Congress of the European Hematology Association; News release. 

0 comentários:

SEGUE - NOS


-

Coração: Infarto Agudo do Miocárdio Parte I e II

Artigos Relacionados

E N T R E T E N I M E N T O